Uma certa revolta

Hoje estou afim de falar de economia. Mas não se assustem, não falarei de conceitos complicados ou ininteligíveis, exporei apenas constatações óbvias.

Por quê não há dinheiro para melhorar a qualidade do ensino público, por exemplo?

Para responder à pergunta acima, analisemos a situação atual das finanças públicas:

• Numa cidade do Nordeste, aprovou-se aumento salaria de 50% para os executivos da prefeitura e também à câmara dos vereadores.
• No Judiciário, o STF retirou o teto de R$24.500,00 dos juízes de não sei onde.
• No Legislativo, deputados reclamam da insuficiência de seus salários para cobrir seus gastos laborais.

Agora vamos contra-argumentrar as afirmações acima perguntanto quantos e quais benefícios tais cargos possuem.

Não preciso mostrar mais que os parlamentares como exemplo para demonstrar o desperdício de dinheiro público.

Além dos R$12.000,00 salariais, cada deputado tem a seu dispor em torno de R$50.000,00 para manutenção de seu gabinete, além é claro de todas as despesas com transporte pagas para eles irem e virem de seus estados toda semana(e fjcar em Brasília de Terça a Quinta). São mais ou menos 27 milhões de reais gastos por mês só com deputados. Façam as contas multiplicando os R$24.500,00 pelo número de juízes que os recebem todo mês.

Calculando por alto, dividam o valor obtido acima pela metade(seria um corte de 50% do gasto público nas áreas citadas) e veja quanto sobra. Agora divida esse valor pelo número de professores de escolas pública, junte à conta os profissionais da saúde pública também, se te interessar. Contando com as devidas adaptações, imagina como esse pessoal ficaria feliz e trabalharia melhor co messe aumento de salário? Não contando é claro, com a possibilidade de aumentar o investimento nas estruturas de tais áreas.

Eu desafi ocada deputado e juíz a mostrar relatórios de seus gastos para provar a necessidade de salários tão altos. Mas é claro que nenhum deles nunca fará uma coisas dessas.

texto escrito durante aula de Economia do Setor Público. Mais comentários sobre a canalhice política no próximo post sobre o assunto.